Os pequenos negócios faturaram, em agosto, R$ 26 bilhões, sendo R$ 2,4 bi a mais do que em agosto do ano passado. Empresários continuam otimistas com relação ao crescimento
As micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo faturaram em agosto deste ano R$ 26 bilhões. O faturamento real em relação ao mesmo período do ano passado cresceu 10,1% (R$ 2,4 bilhões). Trata-se do 11º mês consecutivo com aumento de receita real, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
É também o melhor resultado de um mês de agosto, em termos de variação no faturamento real desde o início da pesquisa (1998). Os dados são da pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP divulgada nesta terça-feira (5 de outubro), quando se comemora o Dia da Micro e Pequena Empresa.
Em relação a julho deste ano, os pequenos negócios registram aumento de R$ 1,7 milhão (6,8%). De janeiro a agosto, as MPEs cresceram 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
A explicação para o crescimento do faturamento das MPEs deve-se principalmente, segundo o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, ao desempenho modesto das MPEs em agosto de 2009. “Em 2009 as MPEs, assim como a economia brasileira, foram afetadas pelos impactos da crise financeira internacional. Nos últimos meses, as MPEs têm acompanhado a trajetória de crescimento da economia brasileira, após a crise”, disse.
Por setores, em agosto/09 x agosto/10, os resultados foram: indústria (+12,3%), comércio (+1,9%) e serviços (+27,4%). “O setor de serviços demorou a reagir diante crise, particularmente serviços prestados à empresa, por exemplo, advogados, publicitários, vigilância, limpeza”, explica o consultor da entidade, Pedro Gonçalves.
O interior foi a região com o maior crescimento no comparativo com o ano passado (13%), seguido da cidade de São Paulo (9,8%) e da Região Metropolitana (7,6%). A única região que apresentou índice negativo foi o Grande ABC (-3,4%).
Segundo Tortorella, as perspectivas para o 2º semestre de 2010 são de continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com levantamento do Banco Central (BC), os analistas de mercado estimam um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro da ordem de 7,55% em 2010 sobre 2009.
“Trata-se de um crescimento em ritmo mais moderado em relação ao ocorrido no 1º semestre de 2010 sobre o mesmo período de 2009, quando o PIB teve expansão de 8,9%. As MPEs tendem a acompanhar a evolução da economia brasileira, uma vez que o mercado interno é o principal mercado delas”, disse.
Expectativas
Em setembro/10, as expectativas dos proprietários de pequenos negócios ficaram relativamente estáveis quanto à evolução do faturamento da empresa e do nível de atividade da economia brasileira. Houve ligeira oscilação positiva para as duas variáveis.
Dos entrevistados, 33% dos proprietários de MPEs declararam acreditar em aumento do faturamento da sua empresa, nos próximos seis meses, ante 32% no mês anterior. No mesmo período, 32% informaram que esperam manutenção no faturamento e 33% declararam que não sabem como o faturamento poderá evoluir.
Quanto à economia brasileira, em setembro/10, a parcela de empresários que acreditam em aumento no nível de atividade da economia nos próximos seis meses é de 33%, sobre 30% no mês anterior. 33% dos informantes esperam manutenção no nível de atividade e 34% não tem expectativa sobre o nível de atividade da economia brasileira.
Sobre as MPEs
Em São Paulo, existem 1,3 milhão de micro e pequenas empresas nos setores da indústria de transformação, comércio e serviços. Tais empresas representam 98% do total de empresas do estado, gerando de cinco a seis milhões de postos de trabalho (67% das ocupações do setor privado).
Para a composição da pesquisa de conjuntura do Sebrae-SP, são entrevistados os proprietários de 2. 716 MPEs, com a colaboração da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
Veja o estudo completo aqui.
Fonte: sebraesp
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