A queda na produção da indústria paulista não chega a preocupar a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Em abril, o nível de atividade do setor recuou 0,4%, na comparação com março. Foi o primeiro desempenho negativo do setor desde fevereiro de 2009.
- Não dá para dizer que esse resultado é um sintoma de perda de vigor. A indústria deve manter o crescimento [em 2010], mas em ritmo menor, afirmou Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade).
Segundo a Fiesp, esse recuo ocorreu em razão do fim dos incentivos fiscais para a compra de automóveis e eletrodomésticos da linha branca (fogões, geladeiras, lavadoras e tanquinhos).
Francini afirmou ainda, apesar do recuo do INA (Indicador do Nível de Atividade), a produção não foi muito afetada, tanto que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada, que mede o quanto o setor é capaz de produzir com o maquinário que tem, cresceu de 80,8% em março para 82% em abril - um nível considerado "comportado e saudável".
- Isso foi consequência do término, em março, dos programas de incentivo fiscal no setor automobilístico e de eletrodomésticos da linha branca. Houve um grande esforço de antecipação de vendas e faturamento, mas essa queda será temporária.
Apesar da queda de abril, a atividade industrial ficou positiva em 1,4% no acumulado de 12 meses desde o início da crise, em setembro de 2008. Com isso, a indústria paulista praticamente zerou as perdas desde aquele período.
Fonte: noticias.r7
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